AS AVES NÃO TÊM CÉU - Ricardo Fonseca Mota

Olá sereias e sereios! Bem-vindos ao Míriam, the Mermaid!

O blog volta e meia fica parado durante algum tempo, mas é sempre o meu cantinho especial e esta semana temos algumas novidades. 
Ah, e não sei se já viram, mas agora também estamos no Youtube!

Vamos ao que interessa? Recebi este amigo da Porto Editora (sua linda!) e, além de eu estar doida para contar o que achei, vocês também pediram muito esta review.

Título: As Aves Não Têm Céu
Classificação: 🐚🐚🐚🐚/5
Autor: Ricardo Fonseca Mota
Editora: Porto Editora
(cedido pela editora para divulgação e opinião)
Sinopse: Um homem vagueia pelas noites insones, revisitando o passado e a culpa que lhe vai consumindo os dias. A mulher trocou-o por outro e levou consigo a sua única filha, ainda pequena. Na semana de férias em que finalmente pode estar com ela, sofrem um acidente de viação que resulta na morte da filha. A culpa e o passado cruzam-se neste romance feito de gente que vive no escuro, como o taxista que várias vezes apanha este pai e o transporta pela cidade silenciosa, e os dois companheiros com quem desde a morte da filha partilha o espaço. Vencedor do Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís 2015, Ricardo Fonseca Mota regressa à ficção com As aves não têm céu, um romance lírico que vem dar voz às sombras que se escondem nos recantos mais obscuros da alma humana.

Leto é um pai divorciado que, quando finalmente tem a oportunidade de passar tempo com a filha, acaba por a perder num acidente de viação, culpando-se a si mesmo e entregando-se à angústia e solidão. 

A toda a hora, tudo o que ecoa na sua cabeça, são as últimas palavras da filha, enquanto se afogava. Já nada resta do seu passado e já nada resta dele próprio.

Além da história de Leto, que é o foco principal do livro, temos também as histórias dos seus dois companheiros de casa, com histórias de vida também não muito boas, e de um taxista que percorre longos e longos quilómetros com uma pessoa misteriosa e silenciosa, que vagueia pela noite numa insónia que parece que nunca irá cessar.

A primeira parte deste livro avassalador foi, na minha opinião, a parte que proporcionou uma leitura mais fluida. No entanto, não desgostei do facto de as duas outras partes do livro terem sido mais “arrastadas” (e obviamente não uso este termo num mau sentido, pois acho que este é um livro que, apesar de pequeno, deve ser lido com calma e atenção, para que possamos interiorizar tudo o que nos é contado “de caras” e tudo o que nos é dito nas entrelinhas e na escrita diferente do autor, que é metafórica e poética).

Leto é um personagem como nunca tinha encontrado que luta desesperadamente para manter a memória de sua filha viva e também para a manter viva na sua memória, levando-o à exaustão, à solidão extrema e à depressão.

A escrita, ainda que possa ser considerada confusa, foi diferente de tudo o que já tinha lido, com uma mistura de “isto aconteceu” e pensamentos aleatórios da pessoa que está a narrar / do personagem.

Esta não será, de todo, a leitura leve e despreocupada nem é uma leitura para aqueles que preferem um livro em que tudo acaba bem, com um final feliz. Mesmo assim é um livro que recomendo, pois foi um livro que me surpreendeu pela positiva e me cativou.

(- Boa viagem.)

Espero que tenham gostado! Obrigada à Porto Editora, que me cedeu um exemplar deste livro para divulgação e opinião e obrigada a todos vocês por estarem aqui! Não se esqueçam de clicar naqueles links bonitos no fim da publicação.

Um beijo gigante e até ao próximo post ♥ 

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